
Entrevista | Dieter Borgert: Joinville como epicentro da inteligência artificial no Brasil

O Summit de Inteligência Artificial do Brasil está de volta para sua segunda edição, consolidando-se como o principal evento do setor no país. Marcado para os dias 05 e 06 de junho de 2025, no Ágora Tech Park, em Joinville (SC), o evento promete ser um ponto de encontro essencial para especialistas, empresas, pesquisadores e profissionais interessados em explorar as fronteiras mais avançadas da Inteligência Artificial (IA) no Brasil.
À frente desse movimento está Dieter Borgert, fundador e CEO da Q-Assist e da Smart QI, e idealizador do Summit. Com uma trajetória marcada pela inovação com impacto e propósito, Dieter lidera a construção de um dos mais ambiciosos projetos tecnológicos do país: a formação do maior ecossistema de IA do Brasil, com base em Joinville. O Summit não é apenas um evento — é a vitrine e o motor dessa transformação.
Nesta entrevista exclusiva, ele compartilha os bastidores da nova edição, os aprendizados da primeira, os temas de maior impacto social, os destaques da programação e o legado que está sendo construído para a cidade, o estado e o país.
O que motivou a realização da segunda edição do Summit de Inteligência Artificial em Joinville e por que a cidade foi novamente escolhida como sede?
A realização da segunda edição é uma resposta direta ao impacto gerado pela primeira. A energia, o engajamento e os frutos colhidos nos mostraram que estávamos no caminho certo. Joinville foi e continua sendo o território ideal para esse tipo de transformação. É uma cidade que alia tradição industrial com um crescente protagonismo em inovação e tecnologia — e o Summit de Inteligência Artificial é um reflexo direto desse ambiente em ebulição. Joinville não é apenas uma sede; é parte da narrativa. É aqui que estamos estruturando o maior ecossistema de Inteligência Artificial do Brasil, conectando empresas, universidades, startups, poder público e talentos em um movimento coordenado e transformador. O Summit é a vitrine e o motor dessa construção. Nossa visão vai além de uma edição pontual: o Summit está se consolidando como um evento permanente no calendário nacional da tecnologia. Um ponto de encontro anual entre inovação, estratégia e impacto real. Nossa missão é torná-lo a principal plataforma de inteligência artificial do Brasil — não só um palco de tendências, mas um gerador contínuo de conhecimento, negócios e transformação
Quais aprendizados da primeira edição influenciaram o novo formato expandido do evento em 2025?
Aprendemos que o Brasil quer — e precisa — de espaços de experimentação e profundidade. Por isso, em 2025, dobramos a estrutura: dois dias, dois palcos, 33 palestras, 12 workshops e um ambiente voltado à aplicação prática da IA. A vivência se tornou central. Os participantes não apenas assistem, eles participam, testam, criam e compartilham. Incluímos também mais paineis de discussão, um pitch de startups, área de expositores, área para projetos universitários com I.A. e um espaço exclusivo para networking estratégico no Rooftop. Esses elementos elevam o Summit para um novo patamar, com mais conexão entre teoria e prática, e mais espaço para colaboração entre diferentes setores.
Entre os temas abordados, quais você acredita que terão maior impacto social nos próximos anos?
A transformação urbana, sem dúvida, é um dos temas mais potentes. A Inteligência Artificial aplicada à mobilidade, ao planejamento urbano, à sustentabilidade e aos serviços públicos tem capacidade de melhorar diretamente a qualidade de vida das pessoas — desde a gestão de trânsito até a coleta de lixo inteligente. Outro tema de impacto é o futuro do trabalho. O Summit traz luz sobre como a IA está reconfigurando profissões, criando novas oportunidades e exigindo uma atualização contínua de competências. Isso exige aculturamento e responsabilidade. Por isso, tratamos com igual peso o avanço tecnológico e a formação crítica da sociedade. Estamos impactando diretamente mais de 2.000 pessoas nesta edição, gerar conexões reais de negócios entre startups e empresas, e acompanhar ao longo do ano os desdobramentos em projetos, parcerias e novas iniciativas. O Summit é medido não só por sua audiência, mas pelo valor duradouro que gera.
O que os participantes podem esperar das experiências imersivas e da área de exposição neste ano? Algum destaque?
Preparamos um ambiente verdadeiramente imersivo. A área de expositores reunirá desde pesquisas acadêmicas de ponta até soluções empresariais consolidadas, passando por demonstrações ao vivo de tecnologias como veículos autônomos, sistemas de IA para segurança, automação industrial e aplicações em saúde. Nos workshops, os participantes vão colocar a mão na massa — criando agentes autônomos, trabalhando com modelos de linguagem generativa, engenharia de prompts e mais. Será impossível sair do Summit sem aprender algo aplicável e relevante para o dia a dia profissional.
Como o Summit aborda os desafios éticos relacionados ao uso da I.A.? Alguma mesa ou painel específico dedicado a isso?
A ética é um pilar estruturante do Summit. Não tratamos IA como uma simples ferramenta, mas como uma força de transformação que exige responsabilidade, regulação e debate público. Teremos mesas e paineis dedicados à “IA Responsável”, à “Privacidade e Governança”, e também à “Robótica Cognitiva” e sobre “Shadow AI e limites éticos”. É fundamental refletir sobre o uso justo, transparente e seguro da tecnologia, e o Summit se compromete a ser um espaço plural e aberto para esse tipo de discussão.
Quais setores da economia local e nacional mais têm se beneficiado com a adoção de I.A.?
A indústria, fortemente presente em Joinville, já vem aplicando IA com foco em automação, manutenção preditiva, logística inteligente e controle de qualidade com visão computacional. Mas a revolução não para aí. Saúde, varejo, educação, agronegócio e serviços estão se reinventando com IA — seja com atendimento automatizado, diagnósticos assistidos, otimização de processos ou personalização de experiências. A transversalidade da IA é o que a torna tão disruptiva. E é isso que o Summit revela: as múltiplas portas que essa tecnologia abre para negócios e para a sociedade.
Que legado o Summit pretende deixar para a cidade de Joinville e para o ecossistema de tecnologia do Brasil como um todo?
O nosso legado vai além do evento. Estamos criando, aqui em Joinville, o maior ecossistema de Inteligência Artificial do Brasil . Um movimento colaborativo que une empresas, institutos de pesquisa, universidades e startups, com foco em impacto real e duradouro. Estamos estruturando uma governança contínua para o maior ecossistema de Inteligência Artificial do Brasil. Através de comitês técnicos, grupos de trabalho, formações executivas e missões internacionais, mantemos o movimento ativo durante todo o ano. Joinville está construindo, de forma colaborativa, uma referência nacional e internacional em inovação baseada em IA. Queremos que Joinville seja vista nacional e internacionalmente como uma cidade de inovação, protagonista na criação de soluções de IA com propósito e responsabilidade. E queremos que o Brasil seja reconhecido não só como consumidor, mas como criador de tecnologia. Um dos pilares dessa construção é a formação de talentos e o aculturamento em inteligência artificial. O Summit oferece trilhas formativas, exposições universitárias, workshops acessíveis e estimula iniciativas de inclusão digital para que esse conhecimento chegue a todas as camadas da sociedade — da sala de aula ao chão de fábrica. O Summit é uma ferramenta para isso — um catalisador de conhecimento, conexões e transformações. Joinville já não é apenas um destino de inovação — é o epicentro de um novo Brasil que pensa, cria e exporta inteligência. O Summit é a fagulha, mas o ecossistema é o fogo permanente. Estamos apenas começando.
Data:
05 e 06 de junho de 2025
Local:
Ágora Tech Park, Joinville – SC
Inscrições e mais informações:
www.summitdeinteligenciaartificial.com




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