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Em Joinville, até o concreto parece dançar. A Praça Bailarina Liselott Trinks, localizada no cruzamento entre a Avenida Juscelino Kubitschek e a Rua 9 de Março, é um lugar onde arte, memória e inovação se encontram em perfeita harmonia. Com 481 m², a praça é um convite ao encantamento — e seu grande destaque é a estátua de uma bailarina em tamanho real, que parece flutuar no centro de um espelho d’água.

A homenageada dá nome à praça e à história: Liselott Trinks, precursora da dança em Joinville, foi professora, coreógrafa e idealizadora de movimentos que moldaram a identidade artística da cidade. A escultura, porém, ganhou corpo a partir da bailarina Thaís Diógenes, formada pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que serviu de modelo para a obra. Thaís brilhou nos palcos da Rússia e hoje tem seu gesto eternizado em solo joinvilense.

E o monumento vai muito além da estética: é também inovação tecnológica. Produzido com impressão 3D em metal — uma das mais avançadas técnicas industriais do mundo — o monumento levou 1.690 horas para ser impresso, somando 300 quilos de pura arte e precisão. Até 2024, não havia registro de outra escultura pública no mundo feita com essa tecnologia.

Um detalhe que encanta: o chafariz iluminado que compõe a "saia" da bailarina. Para isso, foi criado um sistema hidráulico sob medida, pensado especialmente para realçar os contornos da obra. À noite, a praça se transforma em um espetáculo de luz e movimento.

A criação da praça foi um esforço coletivo entre poder público e empresas como FIESC, SENAI/SC, Netzsch, Höganäs e outras. Uma verdadeira coreografia colaborativa que une tradição, tecnologia e orgulho local.

Visitar a Praça Bailarina Liselott Trinks é mais do que conhecer um monumento: é vivenciar o espírito da cidade que dança.